Com recursos próprios e um esforço criativo dos produtores, AOS BERROS narra a trajetória dos primeiros punks de Juiz de Fora, cidade mineira próxima ao Estado do Rio de Janeiro.
Originário da Inglaterra e dos EUA, o movimento contra cultural punk chega ao Brasil no final da década de 70. No princípio dos anos 80, Juiz de Fora vive sua primeira aurora punk. Nesse período, jovens influenciados pelas primeiras aparições do punk na mídia interna- cional e nacional, e também no mercado cultural, reforçaram sua comunicação e organização com grades centros, principalmente Rio de Janeiro e São Paulo. Houve circulação de fanzines, fitinhas com músicas punks e visitantes.
Embora considerada cidade de médio porte, Juiz de Fora tinha uma forte dose de conservadorismo no final da década de 70, visto até hoje. O tradicionalismo se reflete na elite política, nos estilos de artistas e nos eventos, que, salvo exceções, são quase os mesmos desde aquela época, mantendo as devidas proporções.
Porém, no início da década de 80, o punk teve espaço. Jovens politizados de classe média, com mais acesso às informações e fartos do rock, da musica tradicional e da moda daquela época, difundiram o movimento para os jovens de classes mais baixas. O punk era a sua voz.
No I Festival de Rock de Juiz de Fora, realizado no dia 13 de agosto de 1983 no campo do Sport Clube, bandas punks do Rio de Janeiro e São Paulo tocaram para um público estimado entre oito e doze mil pessoas. Entre as bandas estavam Olho Seco, Cólera, 365, Coquetel Molotov e Desespero. Nesse dia também se apresentou a primeira banda punk de Juiz de Fora, a Força Desarmada. A partir daí, embora algumas distorções da mídia que ocorreram depois do festival, o punk ganhou mais espaço, mais pessoas se identificaram com o movimento, mais bandas se formaram. O cenário artístico da cidade sofreu grandes modificações e efervescência, se contrapondo aos mais conservadores.
Através de uma ampla pesquisa, gravações com vários remanescentes dessa “primeira geração punk”, além da compilação e restauração de arquivos inéditos, AOS BERROS tenta resgatar parte desta história ofuscada pela memória oficial.
A produção de AOS BERROS começou em outubro de 2008 como um projeto de monografia interdisciplinar de três estudantes da Universidade Federal de Juiz de Fora: Davi Ferreira, estudante de Comunicação Social, Aline Freitas, estudante de Especialização em TV, Cinema e Mídias Digitais; e Jimmy Klaus, estudante de História. Os três concluíram os cursos com a prévia do vídeo e o embasamento teórico pesquisado. Cada um apresentou o trabalho conforme o contexto de sua área.
Porém, o projeto não acabou com as formaturas. Pelo contrário, ganhou proporções maiores e resgatou uma história importante para a arte, e que nunca foi contada. Agora você pode conferir essa história nos melhores festivais de cinema. Confira o trailer abaixo.
Direção: Davi Ferreira
Co- direção: Jimmy Klaus e Aline Freitas
Site oficial: www.aosberros.daviferreirarte.com.br
Originário da Inglaterra e dos EUA, o movimento contra cultural punk chega ao Brasil no final da década de 70. No princípio dos anos 80, Juiz de Fora vive sua primeira aurora punk. Nesse período, jovens influenciados pelas primeiras aparições do punk na mídia interna- cional e nacional, e também no mercado cultural, reforçaram sua comunicação e organização com grades centros, principalmente Rio de Janeiro e São Paulo. Houve circulação de fanzines, fitinhas com músicas punks e visitantes.
Embora considerada cidade de médio porte, Juiz de Fora tinha uma forte dose de conservadorismo no final da década de 70, visto até hoje. O tradicionalismo se reflete na elite política, nos estilos de artistas e nos eventos, que, salvo exceções, são quase os mesmos desde aquela época, mantendo as devidas proporções.
Porém, no início da década de 80, o punk teve espaço. Jovens politizados de classe média, com mais acesso às informações e fartos do rock, da musica tradicional e da moda daquela época, difundiram o movimento para os jovens de classes mais baixas. O punk era a sua voz.
No I Festival de Rock de Juiz de Fora, realizado no dia 13 de agosto de 1983 no campo do Sport Clube, bandas punks do Rio de Janeiro e São Paulo tocaram para um público estimado entre oito e doze mil pessoas. Entre as bandas estavam Olho Seco, Cólera, 365, Coquetel Molotov e Desespero. Nesse dia também se apresentou a primeira banda punk de Juiz de Fora, a Força Desarmada. A partir daí, embora algumas distorções da mídia que ocorreram depois do festival, o punk ganhou mais espaço, mais pessoas se identificaram com o movimento, mais bandas se formaram. O cenário artístico da cidade sofreu grandes modificações e efervescência, se contrapondo aos mais conservadores.
Através de uma ampla pesquisa, gravações com vários remanescentes dessa “primeira geração punk”, além da compilação e restauração de arquivos inéditos, AOS BERROS tenta resgatar parte desta história ofuscada pela memória oficial.
A produção de AOS BERROS começou em outubro de 2008 como um projeto de monografia interdisciplinar de três estudantes da Universidade Federal de Juiz de Fora: Davi Ferreira, estudante de Comunicação Social, Aline Freitas, estudante de Especialização em TV, Cinema e Mídias Digitais; e Jimmy Klaus, estudante de História. Os três concluíram os cursos com a prévia do vídeo e o embasamento teórico pesquisado. Cada um apresentou o trabalho conforme o contexto de sua área.
Porém, o projeto não acabou com as formaturas. Pelo contrário, ganhou proporções maiores e resgatou uma história importante para a arte, e que nunca foi contada. Agora você pode conferir essa história nos melhores festivais de cinema. Confira o trailer abaixo.
Direção: Davi Ferreira
Co- direção: Jimmy Klaus e Aline Freitas
Site oficial: www.aosberros.daviferreirarte.com.br
Aos Berros - Movimento Punk em Juiz de Fora from dafgtr3 on Vimeo.
Cara esse documentário tá muito bacana, já curti muito punk, mas não aderí a causa, mas já tomei porrada de vulgos skinheads saindo de um show do Ratos de Porão na decada de 90 no antigo Circo Voador no RJ pq eu estava com uma camisa de uma banda punk. Não me orgulho disso, mas é um fato...um bando de corvardes, fazer o que né? Muito legal mesmo! Parabéns...
ResponderExcluirola!!!!
ResponderExcluirsou @ punk e vivo em um squat,estou fazendo uma busca,relatorios sobre tudo que rolou de ocupaçãoes punks no brasil,ja que vivo esta esperiencia esde o primeiro squat.Sei que a casa de anita foi uma casa ocupada pelos punks piratas ai de juiz de fora,tenho alguns materias relacionados da epoca,mas muita pouca coisa.gostaria de saber se tu tens contato com alguem dessa epoca ai ou o pessoal que fez este documentario e possa estar me ajudando ok
meu endereço.
china_andrajoso@hotmail.com
ola estou fazendo um relatorio sobre as ocupações punks no brasil,e sei que a casa de anita foi uma ocupação punk.gostaria de saber se tens contato,ou alguem o tenha relacionado a esta epoca e possa me ajudar.ou se teham contato com alguem que fez parte dos punks piratas ou ate memso a galera que vez este documentario.
ResponderExcluirespero que possam me ajudar!!!
meu contato é:
china_andrajoso@hotmail.com
Eu era coeditor do fanzine Aos Berros, junto ao Aécio ("Tenente Laranja"). Eu usava o nome de Helton Anásio, apareço em algumas fotos e uma cena do documentário. Tenho até hoje os originais dos fanzines. Descobri o documentário por acaso, no Youtube, e fiquei muito surpreso. Foi uma grande alegria ver a entrevista do Aécio, de quem eu não tinha notícias há uns 25 anos. E a Virgínia, a Fernanda, o Vietnã, velhos amigos dos quais tenho muita saudade.
ResponderExcluirReli recentemente as cartas que o Aécio me mandava dos Estados Unidos, onde foi morar na época, insistindo para que eu não desistisse do Aos Berros, pois era uma semente que um dia daria frutos. Acho que ele tinha razão, fiquei orgulhoso ao saber que o zine deu nome ao documentário. Outro fruto foi a carreira que, a partir dali, segui no jornalismo musical, durante vinte anos, atualmente como publisher da revista Blues'n'Jazz, em São Paulo. Tudo começou com o Aos Berros, rs.
Obrigado por divulgarem o que fizemos na época, foi um dos melhores períodos da minha vida.